Educação Patrimonial leva alunos a conhecer a história da Fazenda Montevidéu, o Império do Café
Recentemente, mais uma ação de Educação Patrimonial foi desenvolvida no município de Desterro do Melo. O acadêmico de Arquitetura e Urbanismo da UFJF, Daniel de Paiva Dias Júnior, promoveu uma visita técnica guiada na Fazenda Montevidéu, acompanhando os alunos do 9º ano da Escola Municipal Professora Tita Tafuri, através da disciplina Patrimônio Cultural, ministrada pela professora Érika
Borges.
Passando primeiramente pelas antigas benfeitorias da produção de café da Fazenda, Daniel contou a história do conjunto arquitetônico e a sua importância para a cidade. Além de visitar a Fazenda, os alunos farão levantamentos históricos, entrevistas, textos e desenhos sobre o tema para o Projeto Educar, edição 2016, que integrará o relatório parte do ICMS Cultural para o exercício 2017.
Sendo atualmente inventariada pelo Município, a Fazenda Montevidéu, apelidada de Manganga, foi construída em 1913 pelo antigo “Barão do Café”, Alcides Amaral Sobrinho, um melense de grande visão econômica e pioneirismo, tendo contribuído, dentre várias atividades, com a distribuição de energia elétrica para o “Arraial do Melo”, em 1955, através da construção da Usina da Cachoeira, na Serra da Conceição com seus próprios recursos financeiros.
A Fazendo Montevidéu, veio pertencer ainda, no passado, ao seu genro e sobrinho, José Homem da Costa Amaral, o Zé
Argemiro - comerciante, empreendedor e político - exercendo os cargos de vereador e vice-prefeito de Desterro do Melo.
Atualmente, a propriedade pertence à Ana Maria Amaral Barra (filha de José Homem) e a
seu marido, Aloysio Barra que, preocupam-se em manter conservada esta edificação de grande valor histórico e arquitetônico, para que ela conserve vivos os traços da história cultural e econômica da nossa Terra.